Cuba, Estados Unidos e a Tortura
A humanidade respira mais aliviada ao assistir pacificamente o reatamento nas relações entre cuba e Estados Unidos da América. Obviamente que os EUA estão de olho na abertura de novos mercados e produtos que a eles interessam. Prefiro dizer que a reaproximação significa respeito a Cuba, Estados Unidos e, por conseguinte ao povo cubano e norte americano.
Finalmente os EUA vão com tudo para a competição em todos os setores da ilha de Fidel e o povo cubano vai poder entrar, sair, passear, comprar, propagar suas riquezas, sendo a “Liberdade” a riqueza maior, entende-se aqui o fim dos embargos comerciais, da tortura, da prisão de Guantánamo, que tanta gente já matou, seja com a utilização de métodos de torturas ou não.
A reaproximação sociopolítica e econômica entre os dois países irá certamente refletir por toda a comunidade internacional, seja comemorando o aceno para a Paz partindo dos EUA, ou para os interesses comerciais de outras nações do mundo, não só na compra de charutos, mas na reconstrução, modernização e o fim da violação dos direitos humanos.
O governo brasileiro sabe que tal reaproximação de Havana com Washington significa maior competitividade e transparência nas licitações públicas de Cuba, sem esquecer que aonde vão os EUA, a Cia chega antes e se por acaso o atual governo cubano esteja dando guarida aos “vermelhinhos” brasileiros, principalmente os envolvidos no “Mensalão, Petrobrás”, etc., é bom por a barba de molho porque a “festa” vai acabar.
Contudo, o momento é de comemoração sim. O povo cubano vê neste gesto americano, não só pela relevância dos fatos, mas para incorporar-se ao universo da simbologia capitalista que supera mitos, dogmas ultrapassados, ideologias e pragmatismo que rege a modernidade. Segundo o Itamarati, o próximo passo é “a normalização das relações bilaterais, eliminando-se, desse modo, um resquício da Guerra Fria”. Assim sendo, é preciso felicitar a diplomacia internacional dos dois países, em especial o presidente Barack Obama, o Papa Francisco, a Nelson Mandela, Malala Yousafzai (paquistanesa) e Kailash Satyarth (indiano) Prêmios Nobel da Paz 2014. O mundo sempre necessitará de pessoas iluminadas para o enfrentamento das estúpidas diferenças políticas entre as nações, seja na contenção da proliferação nuclear, pobreza ou violência religiosa existentes nos países do Oriente Médio e muito mais conflitos que se alastram pelo mundo. O planeta precisa neste momento da união de todos para salvar a Terra dos fenômenos climáticos que sabidamente assustam a humanidade. Por isso já disse e repito, é sim um grande passo à humanidade a reaproximação entre EUA e Cuba, mostrando assim que outros conflitos mundo afora podem sim serem apaziguados com muita seriedade e serenidade.
Fontes:
http://noticias.uol.com.br/internacional
Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.