Carlos Evangelista

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AIDS: Tanta gente morrendo no Brasil e no mundo.

PUBLICADO POR CARLOSEVANGELISTAJOR ⋅ 26 DE NOVEMBRO DE 2020 ⋅ DEIXE UM COMENTÁRIO

35 milhões de pessoas morreram no mundo das quais 328 mil no Brasil.

Tags:

Diagnósticos, Estatísticas, Óbitos por HIV, Sintomas, Terapia antirretroviral, Tratamento

Carlos Evangelista – Políticas Públicas

Neste ano de 2020, fala-se muito de contaminações e mortes por COVID-19, (Coronavírus), fazendo esconder uma doença que vem matando muito no Brasil, a AIDS, – Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), que no mundo já contaminou cerca de cem milhões de pessoas, das quais matou em torno de 35 milhões de pessoas desde sua descoberta em 1981 até o fim de 2018.

No Brasil a doença matou 327 mil 655 pessoas entre 1981 até fim de 2017, segundo boletim do Ministério da Saúde. A AIDS faz, por exemplo, uma pessoa pesando de 60 a 80 quilos emagrecer muito. Geralmente chega ao óbito pesando 35 a 45 quilos.

São muitas as possibilidades, mas é triste ver e acompanhar uma pessoa com AIDS em estado terminal. Primeiro dói a cabeça, é visível uma pequena bola atrás das orelhas, se homem. Se mulher, uma pequena bola na virilha. Perde-se o apetite, visão suja, dói a cabeça. Em seguida é diagnosticado um caroço na cabeça. A medicação controla o crescimento de tumor, mas não reduz. Daí o tumor cerebral, após ser aberto e exposto mata a pessoa.

A baixa imunidade fisiológica é menor que a voracidade da doença, que definha o ser, seja homem ou mulher. Ainda que não necessariamente é por causa de práticas e descuidos sexuais. Qualquer pessoa pode contrair o vírus da AIDS através de seringas, transfusão de sangue, no dentista, no ginecologista. Porém são muitos os preconceitos. Alguém poderá dizer: ele/ela era puta (o) e mereceu morrer; vivia transando com todo mundo por aí. Ledo engano. Até o vaso sanitário público pode transmitir o vírus da SIDA, que já contaminou cerca de cem milhões de pessoas, das quais matou em torno de 35 milhões de pessoas desde sua descoberta em 1981 até o fim de 2018, segundo dados estatísticos da OMS (Organização Mundial da Saúde).

As costelas da pessoa são expostas, a magreza é assustadora. A cegueira é inevitável. A AIDS é um mal que aterroriza o enfermo, assusta e apavora familiares, funcionários de hospitais, centrais funerárias e cemitérios. São muitos os relatos sobre o assunto, mas você já leu, tem informações, se previne, conhece alguém que convive com a doença ou alguém que já morreu de Imunodeficiência Humana? Caso não agradeça, mas procure sempre saber mais. Nunca é tarde para aprender sobre as muitas doenças enfrentadas pela humanidade de ontem, hoje e de sempre.

 Estatísticas

ESTATÍSTICAS GLOBAIS SOBRE HIV 2019

  • *24,5 milhões [21,6 milhões—25,5 milhões] de pessoas com acesso à terapia antirretroviral (*até o final de junho de 2019).
  • 37,9 milhões [32,7 milhões—44,0 milhões] de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV (até o fim de 2018).
  • 1,7 milhão [1,4 milhão—2,3 milhões] de novas infecções por HIV (até o fim de 2018).
  • 770 000 [570 000—1,1 milhão] de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS (até o fim de 2018).
  • 74,9 milhões [58,3 milhões—98,1 milhões] de pessoas foram infectadas pelo HIV desde o início da epidemia (até o fim de 2018).
  • 32 milhões [23,6 milhões—43,8 milhões] de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS desde o início da epidemia (até o fim de 2018).

Pessoas vivendo com HIV

  • Em 2018, havia 37,9 milhões [32,7 milhões—44,0 milhões] de pessoas vivendo com HIV.
    • 36,2 milhões [31,3 milhões– 42,0 milhões] de adultos.
    • 1,7 milhão [1,3 milhão–2,2 milhões] de crianças (menos de 15 anos).
  • 79% [67–92%] de todas as pessoas vivendo com HIV conheciam seu estado sorológico positivo para HIV.
  • Cerca de 8,1 milhões de pessoas não sabiam que estavam vivendo com HIV.

Pessoas vivendo com HIV com acesso à terapia antirretroviral

  • Até o fim de junho de 2019, 24,5 milhões [21,6 milhões—25,5 milhões] de pessoas vivendo com HIV tinham acesso à terapia antirretroviral.
  • Em 2018, 23,3 milhões [20,5 milhões—24,3 milhões] de pessoas vivendo com HIV tinham acesso à terapia antirretroviral, mais do que 7,7 milhões [6,8 milhões–8,0 milhões] em 2010.
  • Em 2018, 62% [47–74%] de todas as pessoas vivendo com HIV tiveram acesso ao tratamento.
    • 62% [47–75%] dos adultos com 15 ou mais anos vivendo com HIV tinham acesso ao tratamento, assim como 54% [37–73%] das crianças de 0 a 14 anos.
    • 68% [52-82%] das mulheres com 15 ou mais anos tinham acesso ao tratamento. Entretanto, apenas 55% [41-68%] dos homens com 15 ou mais anos tinham acesso.
  • 82% [62–>95%] das mulheres grávidas vivendo com HIV tinham acesso a medicamentos antirretrovirais para prevenir a transmissão do HIV para seus bebês em 2018.

Novas infecções por HIV

  • Novas infecções por HIV foram reduzidas em 40% desde o pico em 1997.
    • Em 2018, cerca de 1,7 milhão [1,4 milhão—2,3 milhões] de novas infecções por HIV, em comparação com 2,9 milhões [2,3 milhões—3,8 milhões] em 1997.
  • Desde 2010, as novas infecções por HIV diminuíram cerca de 16%, de 2,1 milhões [1,6 milhão—2,7 milhões] para 1,7 milhão [1,4 milhão—2,3 milhões] em 2018.
    • Desde 2010, novas infecções por HIV entre crianças diminuíram em 41%, de 280.000 [190.000—430.000] em 2010 para 160.000 [110.000—260.000] em 2018.

Mortes relacionadas à AIDS

  • As mortes relacionadas à AIDS foram reduzidas em mais de 55% desde o pico em 2004.
    • Em 2018, cerca de 770.000 [570.000—1,1 milhão] de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS em todo o mundo, em comparação com 1,7 milhão [1,3 milhão—2,4 milhões] em 2004 e 1,2 milhão [860.000—1,6 milhão] em 2010.
  • A mortalidade relacionada à AIDS diminuiu 33% desde 2010.
  • Em 2018, 79% [67-92%] das pessoas vivendo com HIV estavam diagnosticadas e conheciam seu estado sorológico positivo para HIV.
  • Entre as pessoas diagnosticadas com HIV, 78% [69—82%] tinham acesso ao tratamento.
  • Entre as pessoas com acesso ao tratamento, 86% [72—92%] tinham carga viral suprimida ou indetectável.
  • De todas as pessoas que vivem com HIV, 79% [67—92%] conheciam seu diagnóstico positivo, 62% [47—74%] tinham acesso ao tratamento e 53% [43—63%] estavam com carga viral suprimida ou indetectável em 2018.

Mulheres

  • Todas as semanas, cerca de 6.000 jovens entre 15 e 24 anos são infectadas pelo HIV.
    • Na África Subsaariana, quatro em cada cinco novas infecções entre adolescentes de 15 a 19 anos acontecem em meninas. Mulheres jovens com idade entre 15 e 24 anos têm duas vezes mais chances de viver com o HIV do que os homens.
  • Mais de um terço (35%) das mulheres em todo o mundo sofreram violência física e/ou sexual em algum momento de suas vidas.
    • Em algumas regiões, as mulheres que sofreram violência física ou sexual por parceiro íntimo têm 1,5 vez mais probabilidade de contrair o HIV do que as mulheres que não tiveram essa violência.

Populações-chave

  • As populações-chave e seus parceiros sexuais representam:
    • 54% das novas infecções por HIV em todo o mundo.
    • Mais de 95% das novas infecções por HIV na Europa do Leste e na Ásia Central.
    • 95% das novas infecções por HIV no Oriente Médio e Norte da África.
    • 88% das novas infecções por HIV na Europa Ocidental e Central e na América do Norte.
    • 78% das novas infecções por HIV na Ásia e no Pacífico.
    • 65% das novas infecções por HIV na América Latina.
    • 64% das novas infecções por HIV na África Ocidental e Central.
    • 47% das novas infecções por HIV no Caribe.
    • 25% das novas infecções por HIV na África Oriental e Austral.
  • O risco de infecção por HIV é:
    • 22 vezes maior entre homens que fazem sexo com homens.
    • 22 vezes maior entre pessoas que usam drogas injetáveis.
    • 21 vezes maior para trabalhadoras do sexo.
    • 12 vezes maior para pessoas transexuais.

HIV/Tuberculose (TB)

  • A TB continua a ser a principal causa de morte entre as pessoas que vivem com o HIV, sendo responsável por cerca de uma em cada três mortes relacionadas à AIDS.
  • Em 2017, cerca de 10 milhões [9.0 milhões—11.1 milhões] de pessoas desenvolveram a doença da tuberculose, aproximadamente 9% estavam vivendo com o HIV.
    • Pessoas vivendo com HIV sem sintomas de TB precisam de terapia preventiva deTB, o que diminui o risco de desenvolver TB e reduz as taxas de mortalidade de TB/HIV em cerca de 40%.
  • Estima-se que 49% das pessoas que vivem com HIV e tuberculose desconhecem sua coinfecção e, portanto, não estão recebendo cuidados.

HIV/Aids

Desde a sua descoberta, em 1981, o HIV/Aids matou mais de 35 milhões de pessoas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas em 2017, 940 mil pessoas morreram de causas relacionadas ao HIV e 1,8 milhão foram infectadas pelo vírus. Isso equivale a 5 mil novos casos todos os dias.

Atualmente, 36,9 milhões de pessoas vivem com a doença no mundo. Destas, 1,8 milhão são crianças com menos de 15 anos de idade. Dois terços do total de pessoas infectadas pelo HIV vivem em países da África.

SINTOMAS

DIAGNÓSTICO

Causa

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A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida/Aids) é causada pelo vírus da imunodefiência humana (HIV). Ele é mais comumente transmitido durante a relação sexual sem uso de preservativo e pela troca de fluidos corporais. O contágio também pode acontecer durante a gravidez, no parto, em transfusões sanguíneas, transplantes de órgãos, pela amamentação e por compartilhamento de agulhas contaminadas

Sintomas

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Nas primeiras duas a seis semanas depois de serem infectadas pelo HIV, algumas pessoas podem apresentar sintomas similares aos de uma gripe, como febre, mal-estar prolongado, gânglios inchados pelo corpo, manchas vermelhas na pele, dor de garganta e dores nas articulações. Algumas pessoas não apresentam nenhum sintoma por muitos anos enquanto o vírus, vagarosamente, se replica.

Uma vez que os sintomas desaparecem, a pessoa que vive com o HIV pode não sentir mais nada por muito tempo. O período, conhecido como janela, varia de 2 a 15 anos.

A pessoa que vive com o vírus HIV é diagnosticada com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida/Aids) quando seu sistema imunológico está fraco a ponto de não poder mais combater infecções oportunistas e doenças como a pneumonia, a meningite e alguns tipos de câncer. Uma das infecções mais comuns entre pessoas vivendo com o HIV é a tuberculose (TB) que, a cada ano, é a causa de um terço das mortes nessa população.

Diagnóstico

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Apesar da existência de testes rápidos e de baixo custo para detectar o HIV, o conhecimento sobre a carga viral ainda apresenta algumas limitações, principalmente em contextos pouco estruturados e áreas rurais.

A OMS estima que 75% das pessoas que vivem com o HIV estão cientes de sua condição.

Tratamento

Ainda não existe cura para a infecção pelo HIV, embora os tratamentos sejam muito mais eficientes do que no passado. Uma combinação de medicamentos antirretrovirais (ARVs) ajuda a combater a multiplicação do vírus e permite que os pacientes levem vidas mais longas e saudáveis, sem que seu sistema imunológico seja afetado rapidamente. Esses medicamentos também são usados como medida preventiva, para diminuir a transmissão. Estima-se que 21,7 milhões de pessoas recebam ARVs atualmente, o que significa que pelo menos 15,2 milhões de pessoas infectadas continuam sem tratamento.

Atividades de MSF

MSF trabalha com o atendimento a pessoas que vivem com HIV desde 2000. Em 2017, fornecemos tratamento antirretroviral a 216.700 pessoas em 27 países da África, Ásia e Europa Oriental.  MSF está desenvolvendo abordagens para melhorar o atendimento pediátrico e de adolescentes com HIV e a oferta de cuidados em contextos negligenciados, como a África Ocidental e Central e países afetados por conflitos.

Os programas de HIV/Aids de MSF oferecem testes para o vírus e aconselhamento pré e pós-teste, além de tratamento e prevenção de infecções oportunistas, prevenção da transmissão de mãe para filho, monitoramento da carga viral e progressão da doença e fornecimento de ARVs gratuitos para aqueles que têm uma indicação de tratamento.

Nossos programas incluem suporte à prevenção, por meio de atividades de conscientização e de educação para ajudar as pessoas a entenderem como podem prevenir a transmissão do vírus. Também oferecemos apoio e acompanhamento para aumentar a aderência ao tratamento com ARVs e suporte psicológico às famílias e pessoas vivendo com HIV/Aids.

Fontes:

Estatísticas

https://unaids.org.br/estatisticas/embed/#?secret=eKi0qf6I1I

http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2018/boletim-epidemiologico-hivaids-2018

file:///C:/Users/Papako/AppData/Local/Temp/MicrosoftEdgeDownloads/571e6cf0-7335-42fa-ae66-8382234bd115/boletim_hiv_aids_12_2018.pdf – Boletim do Ministério da Saúde.

https://unaids.org.br/estatisticas/  -OMS

Carlos Evangelista é jornalista e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este texto reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

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