Reforma Política ou Reforma Eleitoral?
Sinceramente, quando ouço falar dos meandros da reforma política, me parece mais uma reforma eleitoral. Ou seja, os políticos pensando neles próprios, tipo, quem tem poder prossegue. Novatos dificilmente entrarão na Câmara, no Senado, nos palácios, nas prefeituras, nas câmaras municipais, enfim; protecionismo. Mas penso que pouco valerá.
Na atualidade, ser político significa ser corrupto e no embalo da Lava Jato, poucos se livrarão. E desta forma o Brasil segue no combate à corrupção; problemática exacerbada em todas as esfera da política. A descrença é grande contra a política nacional. Porém a Reforma Política só virá com a reforma eleitoral.
Nesta direção, os acordos, o voto distritão, o retorno do voto distrital. Como ficará o fundo partidário, que em 2014 recebeu 603 milhões de reais para ajudar os candidatos, que por sua vez, muitos, usuram o dinheiro para festas e orgias? Mas como baratear o custo das eleições? Como por fim as coligações partidárias?
Solução é o financiamento privado para viabilizar uma administração eficaz, mas com limitadores, controlados pela União?
Os destaques e emendas do projetão da Reforma Política/Eleitoral, serão definidos entre os 513 deputados federais. São necessários 308 votos favoráveis à proposta que ora tramita na Câmara Federal.
Mas todos sabemos que o quadro político pró-Temer é crítico e dificilmente o governo conseguirá aprovar a Reforma Política até o dia 7 de outubro conforme pretende.
Fontes:
http://exame.abril.com.br/brasil/essas-sao-as-propostas-para-a-reforma-politica-no-pais/
Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.