Alcoolismo: Geração dependente no Brasil. Brasil é um dos líderes no ranking americano de consumo de álcool puro
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Alcoolismo anônimo, Desafios, Politicas públicas, Superação, Tratamentos
Festejos natalinos, festa de fim de ano e carnaval, sem dúvidas, promovem o aumento do consumo de álcool entre as pessoas. No Brasil e no mundo muitos acidentes acontecem, seja no trânsito ou em casa. Beber sim, mas com moderação, prega a indústria do álcool.
Consumir bebidas alcoólicas é cada vez mais instigante na sociedade moderna. Após os quarenta anos de idade, tudo bem ou não, é pra saciar vontades reprimidas. Mas ser dependente de bebidas alcoólicas dos doze aos trinta anos de idade é penoso para o viciado, para a família e principalmente pra a sociedade.
Em se falando do Brasil é provável que veremos uma geração de jovens dependentes de bebidas alcoólicas, segundo a Sociedade Brasileira de Estudos do Álcool e outras drogas (SBEA)
A juventude brasileira está sendo induzida ao consumo excessivo de álcool e com isso mudando a realidade da juventude brasileira.
O preço barato da bebida, pressão dos amigos para beber, a publicidade, o acesso fácil, a lei que não é cumprida a influência de familiares falta de orientação mostra que em 2002 ocorreram 242 mortes entre 20 e 29 anos, vítimas de transtornos por conta do uso de álcool.
Não basta dizer que o álcool é uma droga depressora do sistema nervoso central. O álcool pode causar falta de coordenação motora, diminuição dos reflexos, confusão, lapsos de memória, vômito, instabilidade emocional e dificuldade para entender o que se passa ao redor, seja para viajar , fazer sexo ou sei lá. Aquilo que você nunca conseguiu de cara, com uma bebidinha vai que vai. Ou seja, a sociedade nos induz a beber e também tem o preço. Você vai ao restaurante o garçom vem logo perguntando, antes de te cumprimentar, “beber o que senhor (a)?”
“O suco custa mais caro que a pinga, a cerveja, a caipirinha, o refrigerante, enfim. A cerveja é barata e dá para dividir”. Diz Edson Cerqueira, 19 anos, de Curitiba (PR). “Fui muito zoado porque não bebia. A fraqueza obriga a beber para entrar no grupo, apenas uma brincadeira.
Muito bêbado, você vomita, passa mal, depois que volta a ficar sóbrio você percebe que passou por situações perigosas.
Eu tinha RG para comprar bebida, mas nunca ninguém me orientou sobre como beber.
Já ouvi, nunca bebi, prefiro assim. Acho que não precisa beber para ser feliz ou agradar alguém. Eu bebo pra esquecer um amor não correspondido.”
São muitas as situações embaraçosas, de risco e até de morte que se passa quando se está bêbado ou bêbada. Talvez por isto 33 milhões de pessoas morreram no mundo por causa de alcoolismo em 2012, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)
Em 2014 o Ministério da Saúde lançou a campanha “Bebeu, perdeu”, objetivando alertar os jovens brasileiros com menos de 18 anos de idade sobre os malefícios do álcool.
Diante do óbito na tenra idade, da perda familiar, do alto custo arcado pelo sistema público, acredito em política pública de orientação que envolva família, pediatras, psiquiatras, escolas, universidades, sistema de saúde e sistema de segurança.
Fontes:
http://www.cisa.org.br/artigo/4429/relatorio-global-sobre-alcool-saude-2014.php
Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.