Carlos Evangelista

Carlos Evangelista

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Advento da Internet, Circo, Diversão, Palhaçada

 

Dia 10 de dezembro, no Brasil é comemorado o Dia do Palhaço. O palhaço é o profissional circense responsável para fazer a plateia rir ou rachar de rir. É o dono da diversão entre as crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Quem nunca se alegrou com a chegada do circo na cidade, seja ela grande, média ou pequena? A atmosfera do circo, do picadeiro, do trapézio, das bugigangas que ali vendem é muito envolvente e inesquecível.  

MALABARISMO  Certa vez um feirante lá nos confins da China vinha andando pela rua com seu carroção lotado de verduras, empurrava com dificuldade e de repente a roda quebra. Foi um alvoroço, no meio da feira ele tentando arrumar a roda e pegando as mercadorias, tentando jogar de volta na carroça que estava tombada, joga daqui e joga dali… Entre laranjas, maçãs, espigas de milho e outros, ele se depara com o povo juntando e rindo, torcendo para que ele conseguisse a proeza de fazer as coisas ao mesmo tempo. Passados alguns minutos naquela problemática ele consegue reunir as quantidades e com esforço coloca a roda no lugar. Pronto! Começam a cair em sua volta moedas… Ele, surpreso, olha par o público que o aplaude sorridente. Pega as moedas e meio sem graça agradece. Analisa a situação depois e conclui que criara ali uma nova forma de vender, onde através da manipulação de sua mercadoria, encontrava um jeito diferente de anunciar e ter uns trocados a mais no bolso. Dalí para frente as coisas se modernizaram e foram feitos materiais exclusivos para a prática do malabarismo. 

PALHAÇO – Bem, contam que em um circo que itinerava por aqui e ali. Um dia, o dono do circo estava com grande dificuldade de manter seu negócio, já cansado e descrente com tudo e todos, entrava no picadeiro decidido a fazer sua última praça (local onde o circo se instala). O show começa e tudo transcorre normalmente. Tinha no circo um barreira (pessoa que faz tudo no circo, monta, arruma…), ele tomava umas e outras… E no meio desse espetáculo tirava e colocava as coisas em cena com outros preparando a cena para os artistas. Como estava tonto, o apresentador anuncia a próxima cena e ele entra bêbado para trocar o aparelho… Aí começa a problemática, pega uma coisa, cai outra… Coça a cabeça, pega de novo e escorrega deixando cair. Se apoia em uma cadeira e capota caindo sentado no chão… Do outro lado do picadeiro o dono do circo está enfurecido e não entende, mas também não sabe o que fazer pois está preocupado com o vexame. E a coisas vão acontecendo… O público se desmancha em risos e aplausos diante de cada peripécia que o barreira, sem noção, tenta arrumar. Bem, passado alguns minutos o dono do circo vem em seu encontro, nervoso, mas percebe tudo e todos ali naquele frenesi e gargalhando como nunca tinha visto. Levanta o barreira e diz:

-Sai daqui e volta em seguida.

O barreira não entende, mas faz o que ele pede. Ao entrar é aplaudido de pé. Mesmo sem graça, agradece e sai levando finalmente o material. Nasce assim, os números de comicidade. Sobre as roupas podemos dizer que como o barreira é aquele que sempre ganha mal e menos, vive ganhando roupas usadas e que não lhe servem e de tamanhos e cores variadas. Por isso aquela confusão na vestimenta. Sobre o nariz, como ele bebia demais, ficava com o nariz vermelho e a cara meio caída, sem falar no olhar engraçado. Com o passar do tempo, não bebia mais… Mas, pintava o nariz de vermelho. Com o tempo e a modernização, foram criados narizes de vários tipos e modelos usando materiais variados (borracha, plástico, tecido, madeira…)

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Como ser um palhaço?

Obviamente que é preciso ter dom e aperfeiçoamento técnico numa escola circense ou simplesmente, ser engraçado, pintar a cara, nariz de plástico, roupas largas e coloridas, com ou sem chapéu, sapatos estrambólicos, são algumas características para ser um bom palhaço. O palhaço, mesmo sofrendo, sentindo dores ele tem a missão de alegrar a plateia que ganhou, ou comprou ingresso para se divertir um pouco ou tão somente para brindar uma criança a ir pela primeira vez ao mundo fantástico do circo.

 

Clown holding coin --- Image by © Fancy/Veer/Corbis
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Que palhaço existe em você?

O Brasil já teve e tem grandes nomes de palhaços circenses. Entres eles podemos lembrar do Bolinha, Picolino, Atchim e Espirro, Torresmo,  Arredia, Carequinha, Piolim, Chevolé, Bozo, Patati e Patatá, Formiguinha, Dedé  Santana, Pimentinha, Xuxu, Pirolito, Pinguinho, Telecoteco e muitos  outros.

Com o advento da Internet muitos circos encerraram e continuam encerrando as suas atividades, só restando as boas lembranças ao vivo de quem pode assistir um espetáculo no circo ou optar por um clic no celular para assistir virtualmente os espetáculos gravados.

Na atualidade é muito comum também protestar usando o nariz de palhaço para dizer que somos todos palhaços, especialmente para demonstrar indignação política.

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“Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando. Falei muitas vezes como um palhaço, mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria.”

https://www.youtube.com/watch?v=lNVqu7V5Kmw

Fontes:

www.catracalivre.com.br

www.circoloninha.com.br

www.culturaacademica.com.br

Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

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