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Congresso Nacional, Crise, Democracia, Impeachment, Paralisia econômica, Supremo Tribunal
Se os políticos não se entendem em Brasília, o judiciário interfere e exige que o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha-PSDB, faça abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff- PT, nesta última quinta feira, 03 de dezembro.
Tão logo soube da gravidade da crise política entre governo e oposição, a presidente proferiu discurso à Nação classificando de inconsistente e improcedente a abertura do referido impedimento dela frente a Presidência da República.
Uma comissão especial formada por 65 deputados de todos os partidos avaliará se o processo prossegue ou será arquivado.
Se aprovado pela comissão, o processo seguirá para o plenário da Câmara e serão necessários 342 votos favoráveis. Se aprovado seguirá ao Senado Federal onde serão necessários 51 dos 81 votos. Com tais decisões do Congresso Nacional, a presidente será afastada do cargo por 180 dias, assumindo interinamente o vice Michel Temer-PMDB, seguindo o processo ao Supremo Tribunal de Justiça, que julgará o pedido de impeachment. Se concedido Temer tomará posse em definitivo, se negado Dilma retornará ao cargo.
Então assim, em 180 dias (sem recesso) o povo brasileiro saberá se o PT deixará o governo ou o PMDB, numa coalisão com o PSDB assumirá o Executivo Brasileiro.
Lideranças partidárias, ministros, etc., enfim, a classe política vive este momento de muitas articulações para que se posto adiante, o processo de impedimento de Dilma Rousseff faça valer de todos os direitos de respostas e do contraditório durante a tramitação do processo.
Acusada de crime de responsabilidade, diante da lista de problemas que vem provocando a recessão econômica, a nova fase de paralisia, resultados econômicos sombrios, corrupção, barganha, etc., a presidente e os elementos pensantes do PT terão muito trabalho pela frente visando a manutenção no poder.
A oposição liderada pelo PSDB de Aécio Neves, já pensa pedir a suspensão do recesso político que começa no dia 21 de dezembro e termina no dia 1° de fevereiro, assim o procedimento será acelerado.
Vale ressaltar que o deputado Eduardo Cunha já apaziguou afirmando que será dado todo e amplo direito de defesa da presidente e que o julgamento obedecerá apenas e tão somente a Constituição Brasileira em vigor, para que a Democracia Brasileira seja respeitada. Porém, sabe-se que Eduardo Cunha poderá também ser julgado, afastado e enxotado da “Casa do povo” caso o pedido seja reprovado.
Enquanto isso os “brasileiros normais” só querem mais emprego, crescimento econômico, educação e saúde de qualidade. O resto a gente corre atrás. Mesmo porque não será com esmolas das bolsas, corrupção e lavagem cerebral no endeusamento da pobreza que o Brasil será um gigante respeitado e seus filhos orgulhosos de serem deveras brasileiros.
Assim sendo é preciso sim fazer respeitar a Constituição Federal, manter a ordem, acabar com as manobras maléficas, extirpar a corrupção na política, fazer acabar com as picuinhas pessoais, partidárias, ideológicas e seguir avante acreditando sim que também é possível afastar, julgar e punir os irresponsáveis e corruptos, antes que o Brasil e seu povo venha cair num poço, num precipício, tendo ainda de arcar com exorbitantes taxações, impostos, desemprego e medo.
Concluindo, Se o objetivo do impeachment é decisão legítima da democracia ou se é golpe da oposição, saberemos lá pela metade de 2016. Contudo, o pêndulo será a participação ou não do povo nas ruas.
Fontes:
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/12/como-funciona-o-processo-de-impeachment-de-dilma.html
Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.