Carlos Evangelista

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DALTON TREVISAN: Aos 90 anos e certamente ainda à caça dos vampiros de Curitiba

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Tags:

Atmosfera misteriosa, Humor negro, Linguagem concisa, Literatura brasileira, Prêmios literários, Tramas psicológicas,

Aos 90 anos de idade, completados no último dia 14 de junho, o escritor paranaense, Dalton Trevisan, nascido em Curitiba, é sem dúvida um dos mais importantes contistas da literatura brasileira e sua obra muito ainda tende a ser analisada, interpretada, contextualizada e resenhada. São mais de quarenta livros publicados e outros tantos engavetados.

Os contos de Dalton Trevisan expõem linguagem matematicamente elíptica de um narrador avesso às aparições públicas, embora tenha ganhado muitos prêmios literários no Brasil e em Portugal, tais como os Prêmios Camões, Jabuti, Machado de Assis entre outros.

A obra de Trevisan é recheada de uma Curitiba de aura fria, quieta e sombria, embora  a Curitiba moderna não mais assim é traduzida, porém, não dá para negar  o  ar  de nariz empinado que o curitibano carrega, além de todo o diferencial  climático,  étnico e  desconfiado  que a capital  paranaense apresenta e que a torna ainda mais  bela.

O escritor que baseia seus contos nos habitantes da cidade, criou e continua criando personagens e situações de significado universal, onde apresenta tramas psicológicas e os costumes são recriados por meio de uma misteriosa linguagem concisa e por que não dizer popular,  que valoriza o  cotidiano alegre, sofrido ou angustiante das pessoas envolvidas, de onde  Dalton Trevisan bebe  na fonte.

Formado em direito pela UFPR, Dalton Trevisan tornou-se conhecido no Brasil e no exterior por seu livro “O Vampiro de Curitiba” (1965), A Polaquinha (1985), Macho não ganha flores (2006), o Anão e a Ninfeta (2011) e muitos outros títulos.

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Diante de tão importante obra que por muito tempo certamente será tema de vestibular, peças teatrais, dissertações, etc., é oportuno enaltecer este que é o maior contista que o Paraná pariu nas últimas décadas e que indubitavelmente influenciará novos escritores e contista por muito tempo, por causa do seu estilo literário despudorado e sua figura pessoal premeditadamente reservada.

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Contudo, seus escritos trazem o requinte na arte de juntar letrinhas ao falar de seus personagens que habitam a Curitiba que toda cidade possui, daí o porquê do fascínio nas tramas mirabolantes do escritor que os amalucados leitores se comprazem na loucura, erotismo ou no cafajeste que persegue virgens, senhoras respeitáveis, prostitutas, além de todo humor negro.

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Alguns livros de Dalton Trevisan:

  • O Vampiro de Curitiba (1965)
  • A polaquinha (1985)
  • Em busca da Curitiba perdida (1992)
  • Novelas nada exemplares (1959)
  • Desgracida (2010)
  • Quem tem medo de vampiro (1998)
  • Macho não ganha flores (2006)
  • Rita, Ritinha Ritona (2005)
  • O maníaco de olho verde (2008)
  • Cemitério de elefantes (1964)
  • Continhos galantes (2003)
  • Virgem, louca; loucos beijos (1979)
  • Violetas e pavões (2009)
  • O anão e a ninfeta (2011)
  • Meu querido assassino (1983)
  • Mistérios de Curitiba (1968)

Fontes:

www.saraiva.com.br/a-polaquinha

www.reeleituras.com.br

www1.folha.uol.com.br

www.gazetadopovo.com.br

Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

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