Carlos Evangelista

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CARLOS EVANGELISTA, COMUNICAÇÃO POLÍTICA

CRISE POLÍTICA-FINANCEIRA NO BRASIL: NÃO a cômoda, vergonhosa, revoltante e perigosa alternativa de arrochar a população.

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É de longe sabido que os políticos brasileiros – com raríssimas exceções- pensam primeiramente neles, depois nos seus patrocinadores, aliados partidários, familiares e por último no povo. Pois se diferente fosse abririam mão dos seus aviltados salários que volta e meia são reajustados, indiferentes às crises financeiras que passam os municípios, estados  e  união.

Então alternativa seria o fim da remuneração aos políticos, tal qual nos  idos  das  décadas de  50/60  do  século  passado,  quando  vereador  nada  recebia para  representar  o povo?

Certo é que nesse conchavo selado entre os poderes executivo, legislativo e judiciário, população, igreja e a imprensa cabe tão somente a obediência, sob risco  das penalizações  nos  rigores  das leis por  eles  (os conchavados) criadas para  a  necessária proteção.

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Neste momento o que se vê no Brasil é uma crise política/financeira prenunciando desemprego, menos investimentos nos setores da educação, saúde, infraestrutura pública e por aí vai. Em meio a tudo isso, rombos e rombos praticados por políticos ladrões que se aliam a “empresários escrotos” que juntos roubam hospitais, Petrobras,  superfaturam obras de todos os naipes, falsificam aprovação de  concursos visando  beneficiarem  seus  “afilhados”,  além  das mil  e uma  maracutaias nas licitações públicas, culminando  no  enriquecimento ilícito de políticos e familiares, pouco importando quem sãos os “laranjas” dessas  quadrilhas.

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Desta forma, é óbvio que sobrarão parcos recursos financeiros nos cofres públicos das prefeituras, estados e união, para as obras necessárias que “facilitariam” a vida das pessoas.

Mas então não tem como fiscalizar com rigor visando acabar com essas licitações forjadas e tanta roubalheira nos processos licitatórios? Evidente que sim, desde que os corregedores dos tribunais de contas não sejam mais ex-deputados, ex-secretários estaduais e apadrinhados políticos que lá estão, para blindarem os seus correligionários partidários e poucas  punições ocorrem. Ou seja, denúncia de corrupção na atualidade, na sua grande maioria vai parar nas gavetas de algum “conselheiro” do “temível Tribunal de Contas”.

O certo, imagino, até mesmo para fortalecimento do Ministério Público, Polícia Federal, Gaeco, para iniciar de fato o combate à corrupção  em  todas  as  esferas da  administração  pública é  a  contratação via concurso público de gestores públicos com nível superior, exatamente para  auxiliarem,  formatarem e  se  responsabilizarem pelas ações  políticas nas câmaras e prefeituras municipais, autarquias, fundações, estatais, institutos, ONGs, partidos políticos, secretarias de estados, ministérios e até a presidência da república, haja vista que os diretores dessas instituições na atualidades são verdadeiras vaquinhas de presépios e  também  passivos  de atos  criminosos.

Acredito sim que com capacidade técnica, boa vontade de fazer o bem comum, os corruptos sofreriam o primeiro e grande golpe. E assim os reflexos dessas medidas chegariam à presidente Dilma Rousseff, em Beto Richa, governador do Paraná e outros tantos políticos que diante de uma crise financeira, política, ética, moral ou democrática, preferem aumentar impostos, cortar recursos da saúde e da educação, indubitavelmente buscariam alternativas técnicas e modernas e não mais a cômoda,  vergonhosa,  revoltante e perigosa saída  de  tão  somente arrochar  ainda mais a população brasileira.

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Vale lembrar que o governador do Paraná, Beto Richa vem sofrendo grande desgaste político com a invenção de tal pacotaço/tratoraço que planejava meter goela abaixo dos professores e servidores estaduais. A senhora Dilma, muito provavelmente no próximo dia 15 de março “sentirá na pele” os gritos da população. Fala-se até numa possível intervenção (diferente de ditadura) militar no governo federal. Se isto é bom ou ruim para o Brasil, veremos. O que não pode é a classe política tripudiar com o pacífico povo brasileiro. Paciência tem limite.

Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

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