Carlos Evangelista

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CARLOS EVANGELISTA, COTIDIANO

Amor, Sexo e Traição. Que fenômeno é este?

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Recentemente cientistas europeus disseram que trair é um fenômeno natural da raça humana e que os homens e mulheres são naturalmente infiéis a exemplo dos animas mamíferos, ovíparos e até insetos; mas não existe comprovação científica.

Existe uma vasta literatura sobre o assunto “traição” no casamento ou no namoro. A palavra traição vai muito além da infidelidade conjugal. Trair começou ganhar status laico e jurídico na Roma antiga. Mas até a Bíblia fala de traição, basta lembrar Adão e Eva, Abel e Caim, chegando aos palácios imperiais, no cinema, nas artes, na política, na música, na literatura, nas redes sociais, nas classes alta, média e nas favelas ou comunidades. Não vou aqui nem entrar no mérito religioso.

Contudo, não é fácil falar de traição. Não existe – ainda- detector de traição. Mas é sabido que a pessoa trai para: variar, chamar atenção, carência, dar o troco, impulso, oportunidade, autoafirmação, aventura, curiosidade, safadeza etc.

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Pesquisas mostram que na atualidade homens e mulheres traem praticamente iguais. Porém traição é um fenômeno difícil de mensurar. Talvez por isto fica mais fácil dizer que “parece” que as mulheres estão cada vez mais infiéis e que os homens infiéis começam a sentir-se culpados, haja vista que nos dias atuais é comum ouvir do cônjuge, da namorada ou em outro modelo de relacionamento as frases do tipo: “Se você não quer tem quem quer. Ou você me trata direito ou a fila vai andar”.

Para muitas pessoas traição é sinal de imaturidade e de falta de responsabilidade. É prova de que não se sabe amar, é sinal de egoísmo que aceita destruir o sentimento do outro para viver uma nova aventura amorosa. Se alguém acha que não está satisfeito com o casamento ou com o namoro é um direito romper com o compromisso, mesmo que a outra parte queira continuar com o relacionamento. Mas o que não pode acontecer é a traição.

Certo mesmo é abrir o coração e falar da sua vontade de terminar o relacionamento alegando falta de compatibilidade sentimental ou até mesmo acenar que está se encantando por outra pessoa e não quer trair. A outra parte pode prometer mudanças etc, e tal. Mas de nada vai adiantar e o ideal é que a pessoa preste a ser traída ou já traída, perdoe sinceramente, deixe para trás, desencane, aceite a dificílima realidade e siga em frente de coração aberto. É o único jeito.

O resultado de uma traição mal resolvida é o rompimento, muitas vezes traumático, salvo em raríssimos casos, se houver arrependimento sincero da parte de quem traiu para ver se haverá perdão da parte traída. Com o deslize bem resolvido (e a aceitação de ser corno) é desejar boa sorte, sejamos amigos e cada qual para o seu lado e com o seu destino. Um abraço e um até breve. Simples assim.

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“Toda traição por menor que seja, deixa marcas e traumas no coração e na cabeça da pessoa enganada”.

Não havendo perdão, a traição poderá causar depressão, ansiedade, perda da felicidade, falta de apetite, insônia, baixa estima e o medo de ter contraído doenças sexualmente transmissíveis. Como se não bastasse, salvo raras exceções, a pessoa traída vai ter dificuldades para começar e confiar numa nova relação, pois poderá ficar a desconfortável desconfiança “será que ele ou ela não vai me trair?”.

“Não gostar mais de mim é um direito seu; mas fingir que gosta e me trair é falta de caráter”.

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Penso que sem o devido entendimento a história de amor poderá terminar em barraco, no hospital, na delegacia de polícia ou até mesmo no cemitério, já que acredito ninguém consegue lidar numa boa com o fato de ser traído. É algo que machuca demais e cria na gente um monte de sentimentos horrorosos, raiva, ciúme, tristeza sem fim e muito mais.

Mas como dizia Gonzaguinha “ninguém é feliz sozinho, nem o pobre e nem o rico”. Daí a importância de saber entrar e sair de um relacionamento para poder seguir a vida em frente sem ódio ou qualquer sentimento de vingança.

Fonte:

http://www.sinaisdetraicao.com.br/

Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

 

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