COPA, BOLA E POLÍTICA
Enquanto a bola rola na Copa do Mundo, acontece de 10 à 30 junho a realização das convenções e coligações partidárias Brasil afora. Pra que servem? As convenções oficializam as candidaturas partidárias para as eleições de outubro. Tipo um caldeirão fervilhando, onde as coligações mais bizarras podem ocorrer. E o povo leigo ou apolítico vidrado na Copa, pulando, comendo pipoca e soltando foguetório.
Além de outros, três fortes candidatos disputarão a cadeira de presidente da república: Dilma Rousseff – PT (candidata a reeleição), Aécio Neves-PSDB e Eduardo Campos-PSB. Muito provavelmente novamente Michel Temer do PMDB será o vice na chapa de Dilma, Aécio Neves ainda não tem vice definido. Na chapa de Eduardo Campo, é quase certo que Marina Silva será a escolhida a vice.
No Paraná, apenas dois candidatos estão com vaga assegurada para a disputa ao governo do estado: Beto Richa-PSDB (candidato a reeleição) e Gleisi Hoffmann do PT. Porém, sabe-se que outros postulantes surgirão na disputa rumo ao Palácio Iguaçu.
Contudo, a disputa mais acirrada ficará para a última hora quando a convenção do PMDB estadual decidirá se o partido apresentará candidatura própria ou se optará pelo apoio a Beto Richa. Essa definição do PMDB poderá decidir o rumo do futuro governador do Paraná, haja vista que a decisão dos convencionais peemedebistas se dará em duas votações no próximo dia 20 de junho, na sede estadual do partido em Curitiba. Na primeira votação os convencionais votarão se querem candidatura própria ou não. Caso a maioria diga NÃO, estará assegurado apoio a Richa, que terá um membro do PMDB como vice- governador, muito provavelmente o nome de Caito Quintana.
Mas se a maioria dos votantes optar pela candidatura própria o quadro político será totalmente modificado quando o partido unificado ou mesmo rachado terá o ex-govenador e atual senador Roberto Requião como candidato ao governo. Aí o bicho vai pegar e tudo poderá acontecer.
Diante do quadro que se apresenta no Paraná, na minha opinião, sem Requião na disputa, Richa terá mais facilidade para se reeleger ainda no primeiro turno. Com Requião candidato, além de uma campanha mais agressiva mirada para atingir o ninho tucano, muito provavelmente a decisão irá para o segundo turno, podendo Richa enfrentar Gleisi ou Requião.
Então, o negócio é esperar a bola rolar e acompanhar de perto os resultados das convenções partidárias, afinal, disso (política) depende a vida da população do Paraná, do Brasil e do mundo. Queiramos sim ou não.
Fontes:
http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2014/calendario-eleitoral#4_6_2014
http://www.copa2014.gov.br/pt-br/copa/tabela
Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.