Carlos Evangelista

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LITORAL DO PARANÁ: belas praias, navios e gente bonita

PUBLICADO POR  ⋅ 31 DE JANEIRO DE 2014 ⋅ DEIXE UM COMENTÁRIO

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O Paraná possui um mar relativamente pequeno (cerca de 100 quilômetros de praia. São praias mansas e bravas encontradas nos sete municípios que são banhados pelo Oceano Atlântico: Guaratuba, Matinhos, Pontal do Paraná, Antonina, Morretes, Guaraqueçaba e Paranaguá.
São bonitas e famosas as praias de Coroados, já na divisa com Guaratuba, Santa Catarina/Garuva. O Morro do Cristo, a Praia Central, Praia Brava, Caieiras e toda a Baía de Guaratuba é bonita e guarda histórias desde o descobrimento do Brasil.
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Paranaguá abençoada e rica por conta do mar e terras belas que avançam Antonina, Guaraqueçaba, Morretes, Ilha do Mel e outras mais belas ilhas. A tranquila Caiobá embeleza matinhos. La longe Guaraqueçaba é maternidade marítima e santuário ecológico. Grandes navios navegam no mar de Pontal do Paraná. Navios, barcos e canoas cruzam o mar de dentro ligando a encantada Ilha do Mel, Pontal e Paranaguá.
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Barreado, sambaquis, pesca, fandango, palmito, pinheiro, banana, mel, doces, compotas, comidas, mariscos, bebidas e fartura vindo da terra e do mar. Praia de Leste, Ipanema, Santa Terezinha, Xangrilá, Praia da Ponta, ilhas, rios, cachoeiras, penhascos, vistas cinematográficas, natureza exuberante em regozijo, abençoadas pela majestosa Mata Atlântica em seu trecho mais remanescente da serra do mar no Brasil.
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As opções turísticas são promissoras aos setores de gastronomia, (foto do prato barreado, típico da região) hospedagem nas muitas pousadas e hotéis existentes no Litoral do Paraná. Os aeroportos são tímidos. As BRs-277 e 376 interligam os sete municípios e Curitiba nessas estradas boas e pedagiadas que abastecem o Aeroporto Afonso Pena, em São Jose dos Pinhais e o Porto de Paranaguá. Em ambas, o fluxo de veículos pesados é intenso e ainda muito a fazer pelo poder público e concessionárias, quando o assunto é melhoria na segurança dos usuários. A malha viária no litoral paranaense é sobrecarregada, carecendo de ampliações e obras de modernização, principalmente no ferry boat; caro e inseguro. Antigas estradas de ferro cruzam Paranaguá, Antonina, Morretes, assim como ainda operam a linha férrea turística e outras mais tímidas que levam ao porto de Antonina e ao portinho de Morretes.
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No litoral do Paraná, muito ainda precisa ser feito para bem agradar os aproximados quinhentos mil moradores, que são transformados em milhões de turistas que visitam a região no verão, carnaval e nas festas religiosas. Contudo, as melhorias são visíveis nas obras de saneamento e urbanização na orla marítima desses municípios. A foto mostra a orla de Caiobá. O turismo religioso, gastronômico e natural estão em crescimento, gerando dividendos aos cofres públicos do litoral. O transporte de passageiros interligando esses municípios com a Capital Curitiba é caro, de má qualidade; talvez por ser monopolizado por duas empresas (Graciosa e Expresso Maringá) que operam no trecho de aproximadamente cem quilômetros distantes de Curitiba.
É certo que 2013 terminou com o governo do Paraná iniciando e anunciando diversas obras de saneamento em andamento no litoral.
Não obstante, em Matinhos (município que recebeu o maior investimento em obras de saneamento no estado) esbanja out-door pela cidade e região divulgando atos do governo estadual. Os beneméritos do governo Beto Richa são exagerados, descabidos e desnecessários visando a propaganda pró-governo neste ano de eleições ao Palácio Iguaçu, Assembleias estaduais e federal, senado e a Presidência da República, além da readequação e firmação de acordos políticos nos 5.563 municípios brasileiros.

Antonina
Os primeiros vestígios de ocupação humana na região de Antonina foram encontrados nos diversos sambaquis existentes no município. Supõe-se que tribos nômades deslocavam-se do planalto para o litoral nos meses mais frios do ano para viverem da pesca e coleta de mariscos. Existem evidências de dois grupamentos humanos distintos que frequentavam esta região: os primeiros, denominados ‘sambaquis’ e posteriormente os índios Carijós, raça mais evoluída que acabou por expulsa-los para se estabelecer no local.
GUARAQUEÇABA
Até a primeira metade do século XVI, os únicos habitantes da região eram os grupos indígenas, que se distribuíam pelos estuários e baías do litoral paranaense, principalmente às margens da baía de Paranaguá. Inicialmente, a região era habitada por tupiniquins, tendo, mais ao sul do litoral paranaense e norte catarinense, a frequente presença de índios carijós, hábeis em descer do planalto à planície litorânea pelo caminho de Peabiru e seus ramais. Esse antigo caminho indígena ligava o Império Inca localizado nas cordilheiras dos Andes ao litoral paulista, com ramificações para o litoral paranaense e catarinense. Por meio dessas ramificações, as nações indígenas nômades iam do litoral para o planalto e vice-versa.
Guaratuba
Uma das principais preocupações do governo Português com relação ao seu domínio na América, consistia na expansão territorial desta colônia, que se constituiu mais tarde no vasto império do Brasil.
Para alcançar este objetivo, era urgente fixar nas mais longínquas paragens, os marcos que as identificassem no domínio lusitano.
As ordens procedentes do reino determinavam aos Governadores das Capitanias a criação de povoações nos mais diversos recantos, desde que houvesse boas condições, por ser de grande interesse ao seu Real Serviço.
Desta forma e também ávidas pelo ouro que sabiam existir nos intransitáveis sertões, as expedições se sucediam
caminhando pelas íngremes serras, atravessando caminhos e florestas, seguidos de perto pelos indígenas, que não viam com bons olhos, essa invasão dos bandeirantes.

MATINHOS
Entre Caiobá e Pontal do Sul, a praia arenosa é interrompida, por algumas dezenas de metros, por um costão rochoso de altura insignificante. Nesse local, quem viajava de Paranaguá a Guaratuba pela orla marinha era obrigado a deixar a praia e atravessar um trecho de restinga de pouco mais de 100 metros, para então retornar à praia até chegar a Caiobá. Esse trecho arenoso de mata baixa(mata de restinga, rica em epífitas) era conhecido como Matinho(sem o “s”). Em suas imediações, ao norte, desaguava um pequeno rio, que recebia topônimo homônimo. Era o Rio Matinho, já referido em 1820 por Saint Hilaire, atualmente retificado e canalizado.
Morretes
A história de Morretes, dez metros acima do nível do mar, remonta aos primórdios da história paranaense colonizada que foi a partir de 1725. A marca colonial da cidade está principalmente na Igreja de São Benedito do Porto, de 1769, enquanto que a Igreja Matriz guarda em seu interior a Via Sacra a óleo do famoso pintor local Theodoro de Bona. O Nhundiaquara (nhundi, peixe e quara, buraco) não apenas serviu como primeira via natural de penetração, facilitando a ligação do litoral com o Planalto, mas propiciou a extração de muito ouro. De Morretes saíram figuras de grande expressão no cenário artístico e cultural paranaense, como o já citado de Bona(1904 – 1990), Lange de Morretes (1892 – 1954) e Rocha Pombo. Em 1820, o pesquisador francês Auguste Saint-Hilaire, em suas andanças pelo Brasil, já descrevia algumas de suas paisagens.
PARANAGUÁ
Grande Mar Redondo, na língua tupi-guarani. Era assim que os índios denominavam a formosa baía – Pernaguá, Parnaguá, Paranaguá. O povoamento do litoral do Paraná começou por volta de 1550, na ilha da Cotinga, servindo mais de ponto referencial no processo de investigação e buscas auríferas.
Duas décadas depois, os pioneiros, à frente Domingos Peneda, natural de São Paulo, temido e conhecido como “Régulo e Matador”, considerado o fundador da povoação, conquistaram a margem esquerda do rio Taguaré (Itiberê) habitado pelo indígena Carijó.
Atraídos pelas notícias da existência de ouro que se presumia existir nas chamadas terras de Sant’Ana, ao sul da Capitania de São Vicente, vicentinos e cananeenses intensificaram a navegação em busca de riquezas que o território talvez pudesse oferecer.

Nos anos de 1550, através de Ararapira e Superagüi, penetrando e navegando a vasta e bela baía de Paranaguá, as canoas vicentinas aportaram na ilha da Cotinga, próxima do continente. Admirados de ver em derredor muitas habitações de índios carijó, e receosos talvez de que lhe fizessem alguma traição, foram em direitura da ilha da Cotinga, para o lado do furado que a divide da ilha Rasa, onde principiaram as suas habitações.

Primeira povoação foi na ilha da Cotinga, depois mudaram para o lugar da ribanceira onde ora está, talvez porque achassem o terreno mais apropriado para formarem a povoação, ser arenoso, ter uma formosa planície onde acharam uma fonte de água nativa e oferecendo o rio Taguaré um seguro fundeadouro, abrigado dos ventos e dos piratas em suas baías.

Pontal do Paraná
O município possui 23 km de orla marítima, onde se situam 48 balneários com boa balneabilidade e condições para banho, sendo estes os principais: Pontal do Sul; Las Vegas; Patrick II; Miami; Itapuã; Guapê; Vila Nova; Atami; Iracema; Guarujá; Barranco; Shangri-lá; Miramar; São José; Ipê; Marissol; Jardim Marinês; Beltrame; Jardim Jacarandá; Mirassol; Luciane; Carmery; Marisa; Jardim Canadá; Recanto Uirapuru; São Carlos; Porto Fino; Praia Bela; Leblon; Batel; Santa Terezinha; Canoas; Praia de Leste; Santa Mônica; Vila Jacarandá; Irapuan; Majoraine; Primavera; Santa Fé; Grajaú; Andaraí; Santa Rita Mar; Ipanema I; Ipanema II; Ipanema III; Ipanema IV; Monções. Próximo à Ilha dos Currais e da Ilha do Mel, Pontal do Paraná não tem hotéis cinco estrelas, mas suas pousadas e restaurantes oferecem bom atendimento e preços.

Fontes:
http://www.praiasdoparana.com.br
http://www.pr.gov.br
http://www.paranagua.pr.gov.br
http://www.morretes.pr.gov.br
http://www.antonina.pr.gov.br
http://www.guaraquecaba.pr.gov.br
http://www.pontaldoparana.pr.gov.br
http://www.guaratuba.pr.gov.br
http://www.matinhos.pr.gov.br

Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

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