Carlos Evangelista

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FENÔMENO TEMPORAL, FACULDADES BANALIZADAS E TORNOZELEIRA ELETRÔNICA

PUBLICADO POR  ⋅ 17 DE JANEIRO DE 2014 ⋅ DEIXE UM COMENTÁRIO

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Nós brasileiros sabemos que todo mês de janeiro são muitas as noticias sobre inundações, raios, enxurradas, desmoronamentos, desaparecimentos e mortes aumentam no país por causa das chuvas fortes constantes que desaguam nos estados do Sul, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Na Austrália, o problema é o fogo nas florestas.
Demorei a entender por que quase sempre durante as chuvas fortes não tem água em casa. É porque as enchentes destroem ou danificam a tubulação, reservatórios e represas de água. Este ano foram muitas as pessoas que ficaram sem água em plena cidades turísticas como Cabo Frio, Búzios, no Rio de Janeiro e outras tantas. No Estado de São Paulo, a cidade de Itaoca foi devastada por forte temporal neste mês de janeiro. A população que vivia nas margens do Rio Palmital foi surpreendida com as fortes correntezas do rio. A inundação carregou casas, objetos, arvores e pessoas, onde morreram 12 moradores de Itaoca e outras quase 20 continuam desaparecidas. É a natureza querendo dizer que pretende voltar ao leito normal da vida envolvendo toda a cadeia natural (…).

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Falência
O governo do PT criou e desenvolve um sistema de ensino à distância acessível a todas as pessoas. A banalização no processo e facilitação está na aprovação pelo Ministério da Educação (MEC) de liberação de cursos superiores para todos os bolsos. Uma verdadeira correria para pegar uma autorização e certeza do reconhecimento do diploma pelo MEC. É rapidamente o que os alunos querem. Acontece que no meio do caminho muitas dessas “faculdades” fecham as portas de um dia para o outro e os alunos que se danem. Muitos choram, esperneiam, protestam, mas as atividades são encerradas abruptamente. 2014 começa com a intervenção e fechamento pelo MEC das tradicionais faculdades Gama Filho e Univer Cidade ambas sediadas no Rio de Janeiro, com filiais em todo o Brasil.
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Ensino a distância, venda de diplomas, irresponsabilidades dos diretores destas instituições de ensino ou perseguição política devido ao estrabismo ideológico e político em relação a administração destas “faculdades” e governo federal? Ainda perdidos e desorientados os aproximados doze mil alunos do extinto Grupo Educacional Galileo, muito provavelmente irão para os grupos Unínter, Anhanguera, Unopar e outros. Estes sim, grupos empresariais que vem crescendo por todos os quadrantes do Brasil quando o assunto é educação à distância ou semipresencial. Este vertiginoso crescimento está na explicação de que os donos são aliados do governo federal. Daí o viés político do qual a Gama Filho está sendo vitima. Não demora outras e outras “faculdades” serão extintas Brasil afora. Quanto a área pedagógica que mensura a qualidade do ensino e a aplicação da grade escolar, é lá outra conversa e acordos

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Tornozeleira eletrônica
Com as rebeliões nos presídios brasileiros onde são mantidos cerca de quinhentos e cinquenta mil presidiários, a Penitenciária de Pedrinhas no Maranhão, destruída durante uma rebelião no início deste ano obrigou a direção do complexo prisional a transferir os presos mais perigosos para presídios federais, alojar em delegacias de polícia e conceder liberdade condicional aos presos praticantes de crimes menores. Porém esses presos em liberdade vigiada serão obrigados ao uso de uma tornozeleira eletrônica que emite sinais tecnológicos (GPS e rádio) a central de polícia e ao sistema penitenciário.
Partindo da ligação entre os três assuntos aqui abordados, é de bom grado dizer que não demora, todos os presos em liberdade irão usar tornozeleira. Tá, mas essa tornozeleira evita assalto à mão armada? Fico imaginando o Congresso Nacional em “hora de pico” os tornozelos piscando anunciado que ali transita (político) um portador da dita tornozeleira.
Então, não é difícil deduzir que no momento deve ser evitadas visitas ao Vale da Ribeira na divisa entre os Estados São Paulo e Paraná, analisar bem e rezar para começar e concluir um curso superior à distância e mais do que nunca evitar ser presenteado com uma tornozeleira eletrônica, estigmando você de um preso em liberdade condicional. Quem ousará zombar de tal proeza criminal, principalmente para os mensaleiros que riem das penas a eles impostas. Mas ninguém pode dizer nada porque essa gente do mensalão é, já foi ou está muito ligada ao governo do PT.

Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

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