Carlos Evangelista

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BLACK BLOCS: Os mascarados quem são e o que querem?

PUBLICADO POR CARLOSEVANGELISTAJOR ⋅ 18 DE OUTUBRO DE 2013 ⋅ DEIXE UM COMENTÁRIO

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Nestes tempos modernos onde o uso das tecnologias e comunicação virtual se tornam intercontinentais, é normal também o surgimento de fenômenos sociais prós e contras os interesses do selvagem capitalismo, onde vale mais quem tem mais dinheiro ou poder. É aí que as brechas se abrem para os descontentes que se sentem às margens das decisões. Foi assim que surgiram os grupos revolucionários Sendero Luminoso, no Peru, os Tupamaros, no Uruguai, o MR-8 no Brasil, as Farcs, na Colômbia, os mulçumanos Xiitas, Al-Qaeda, no Oriente Médio e agora surge o movimento Black bloc no Brasil, que pode ter ramificação internacional com maior ou menor aproximação com grupos revolucionários e terroristas.
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Mas quem são e o que querem os mascarados, também conhecidos como os Black blocs? Aproveitando as manifestações populares legítimas e democráticas, mascarados infiltraram-se nos protestos de rua, a partir do mês de junho último e começaram com atos de vandalismo Brasil afora, desvirtuando os movimentos pacifistas, principalmente no eixo Rio/São/Brasília. E o que se vê nas principais capitais brasileiras são atos de violência contra o patrimônio público e confronto com a polícia.
Para as autoridades policiais do Departamento de Investigações Criminais do Estado de São Paulo (DEIC), os Black blocs são uma organização criminosa composta pelas mesmas pessoas que agem coordenadamente, previamente combinadas para ir no local e cometer uma série de crimes e portanto deverão ser presos e enquadrados na Lei da Organização Criminosa, que prevê pena de três a oito anos de prisão, já que o Black bloc acontece nas ruas, obrigando os “estudiosos” saírem dos gabinetes e ambientes universitários a irem às ruas para melhor compreensão deste complexo fenômeno social, que vem provocando tantos desafios institucionais e tanta estupefação tem causado na sociedade com o firme propósito de chamar atenção de um Estado ausente.
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Segundo coleta de informações de algumas pessoas já presas, objetivo é a prática da violência simbólica que funcione como uma forma de se expressar socialmente, já que pacificamente o protesto de nada adiantará, por isso então a revolta. A intenção é transgredir, incomodar, deixar visibilidade, chamar para um debate social, sob alegação de que a sociedade brasileira está sendo torturada psicologicamente pelo cotidiano, acusando o Estado de ser o verdadeiro vândalo por deixar as pessoas horas esperando na fila do SUS, por exemplo.
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Geralmente são jovens de 17 a 25 anos, de classe média, trabalhadores, universitários e com leituras teóricas sobre anarquismo e pensam como sujeitos políticos com uma mensagem de melhoria do país, sendo o inimigo central o Estado.
Certo é que Black bloc virou um fetiche, uma construção midiática que arrasta diversos órgãos de imprensa para divulgação dos atos de vandalismo e de confronto com a polícia; principal monopólio de segurança para sustentação do Estado político na atualidade.
Contudo, é preciso apurar por que estes jovens desprezam a rigidez hierárquica partidária, que não se sentem representados pelo atual modelo político e econômico e enxergam a violência como única possibilidade de expressão?
Black blocs (do inglês blocos mascarados, vestidos de preto teatral) com tática de manifestação e protesto anarquista que se reúnem para protestar em manifestações de rua, de diferentes formas e táticas para através da desordem chamar a atenção do poder central do Estado com anarquismo e desobediência civil.
Fonte: http://www.uol.com.br
Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

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