E.U.A. DECLARAM GUERRA CYBERNÉTICA CONTRA BRASIL E AMÉRICA LATINA
São muitas possíveis explicações para que o governo norte americano, através da Agência de Segurança Nacional (NSA) investigue personalidades, autoridades e executivos do setor privado do Brasil. O desafio vai das falhas no sistema de inteligência brasileiro, onde o governo dos Estados Unidos utiliza os dados disponíveis na Internet para compilar informações de outros países no âmbito de segurança ou comercial.
Após denúncia da espionagem contra a presidente Dilma Rousseff, semana passada, o Itamaraty quer rever o sistema que colocou em xeque o monitoramento de informações estratégicas no âmbito governamental. Certo é que apesar dos alaridos do Planalto e do Itamaraty, a embaixada americana no Brasil, não anunciou nenhuma medida concreta contra Washington, seja por respeito a superpotência militar ou laços comerciais. O momento é delicado e o assunto espionagem poderá ser mencionado agora em setembro na ONU, durante abertura da assembleia geral, objetivando a formação de um bloco dos países espionados, podendo culminar na suspensão das relações bilaterais e no cancelamento da viagem oficial de Dilma aos EUA, prevista para o mês de outubro.
Pacífico e negociador, que sempre foi, o Brasil talvez prefira levar o assunto espionagem aos organismos internacionais, em busca de aliados, que querem o fim da supremacia norte americana, sob alegação de que é inadmissível e inaceitável violação contra a soberania nacional, conforme disse o ministro da justiça José Eduardo Cardozo.
Outro motivo forte para a espionagem dos EUA é o pré-sal brasileiro, pois as empresas petrolíferas americanas querem a participação no leilão de Libra, avaliado em US$15 bilhões. Ou o pré-sal já pertence aos americanos do norte em transação realizada nos governos Lula e Dilma e agora o governo dos EUA a pedido das empresas daquele país, só quer ver se está tudo nos conformes e para isto vem espionando autoridades, celebridades, executivos, servidores públicos e até trabalhadores comuns, chegando a 2,3 bilhões de telefonemas e mensagens grampeadas?
Não obstante, a CIA quer a cabeça do ex-agente Edward Snowden, que denunciou todo este sistema de espionagem na América Latina, mas que foi ignorado, especialmente no Brasil, Venezuela e Bolívia, onde se sabe tem espião norte americano por todos os lados que utilizam o Google para conseguirem toda a informação que entra e sai via Internet e potentes roteadores centrais que processam os arquivos, dados e conversas virtuais. Segundo a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), o Brasil conta com 110 milhões de acessos à internet em alta velocidade, sendo 88,7 milhões de banda larga móvel e 21,4 bilhões de banda larga fixa.
Visando conter a guerra cibernética pró EUA, o governo brasileiro avalia a criação por parte dos Correios, de e-mail antiespionagem com certificação digital e criptografia com informações que serão armazenadas em servidores brasileiros e não mais no Google, a partir de 2014.
A medida equivale a criação de cyber defesa como forma de garantir maior segurança aos internautas brasileiros e conter a cyber crime, roubo de dados e invasões de hackrs nos e-mails, facebook, blogs, twitter, wordpress, You Tube… Ou seja, os programas espiões dos norte americanos contaminam as ferramentas digitais e os sistemas de software e hardware, podendo tornar o mundo virtual numa parafernália e num quiproquó dos diabos, principalmente nos países periféricos, considerados terceiro mundistas a partir do olhar dos americanos do norte que desejam todas as riquezas do mundo. Enquanto isto planejam a invasão e matança na Síria, pró rebeldes.
Fontes:
http://www.justica.gov.br
http://www.gazetadopovo.com.br
http://www.uol.com.br
http://www.observatoriodaimprensa.com.br
http://www.oglobo.com.br
http://www.telebrasil.com.br
Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.