ILHA DO MEL – PATRIMÔNIO MUNDIAL DA UNESCO: Encontro da paixão nos mares com ondas e sem ondas
Nas encantadas ondas lá onde os mares se encontram, a gruta amedronta o mais experiente navegador dos mares.
Na Praia da Gruta, pousadas, repúblicas, pensões e areia do mar pra descansar perto do Morro do Sabão. Uma vontade boa de namorar e depois surfar.
Na Ponta do Nhá Pina o desafio por entre as fendas abertas nas pedras que abraçam mar, terra e as pessoas descuidadas que passeiam nas Conchas, Praia Grande, Joaquina, Brasília , Farol das Encantadas, rumo ao Forte da Fortaleza e o retorno ao trapiche. Antes, um olhar contemplativo nas Pontas do Bicho, do Hospital e Doeste de onde se avista distante Superagui, Ilha das Peças e muito mais a descobrir…
O mar de Pontal mistura Pontinha e grandes navios que seguem ao Porto de Paranaguá. Bonito e bravio o Oceano Atlântico mete medo e progresso. São muitas as lendas e histórias acontecidas na Ilha do Mel.
Por não ter ruas ou estradas, só trilhas circundam a ilha com altitude máxima de 151m e 35 Km2 de praias e costões rochosos onde só se escuta o canto do mar de dentro (com ondas) e belas paisagens da baía e do ocidente no mar de fora (sem ondas); um piscinão delicioso que abraça os visitantes no sempre convite ao banho de mar com a energia das pedras, da areia, dos morros e das trilhas românticas e mirabolantes.
A enigmática Ilha do Mel é lugar para se encontrar além de um banho de mar e sol. É experimentar uma estação de férias e se divertir de acordo com as suas escolhas.
A origem do nome da ilha pode ser por causa da cor avermelhada na Praia do Istmo que lembra favos de mel no entreposto de navios em busca de farinha; mel em alemão na tradução dos Índios Carijós. No tempo da escravidão, os escravagistas deixavam as mulheres e demais escravos presos na Gruta das Encantadas e iam a Paranaguá e Curitiba vender seus escravos. Quando os novos senhores iam buscar as suas escravas promoviam orgias na Ilha do Mel. Falam também de muitas abelhas e de uma pessoa de sobrenome Mehl.
As críticas giram em torno da sinalização antiga e precária das trilhas, carestia na travessia de acesso e nos restaurantes. Tem pousadas para todos os bolsos. Falam de um cemitério e de muitos navios submersos nas proximidades do Forte da Fortaleza, (uma antiga prisão construída em 1760). A bestialidade do homem de querer conter o avanço do mar, com ondas, é uma tolice expressada em grandes sacos de areia e muros de pau a pique que obriga a descoberta de novos caminhos na bela e inesquecível Ilha do Mel.
Fontes:
http://www.vouprolitoral.com.br
http://www.ilhadomelonline.com.br
http://www.paranagua.pr.gov.br
http://www.ilhadomelpreserve.com.br
Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.