Carlos Evangelista

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PMDB do Paraná rachado e quase acabado

PUBLICADO POR CARLOSEVANGELISTAJOR ⋅ 8 DE JUNHO DE 2013 ⋅ DEIXE UM COMENTÁRIO

Requião  x Pessuti
Visando reduzir a quase zero o poder de fogo político do ex-governador e atual senador Roberto Requião, o secretário geral do PMDB do Paraná, Orlando Pessutti, atual aliado do governador Beto Richa, do PSDB, dissolveu, no último dia 4 de junho, quase 80 diretórios municipais do partido no Estado.
Próximo nocaute, do grupo peemedebista pró-Richa é vencer a convenção partidária e daí sim expurgar de vez o grupo peemedebista pró-Requião. Ou seja, o PMDB do Paraná, que tem como presidente o deputado federal Osmar Serráglio quer selar definitiva e incondicionalmente apoio a reeleição de Beto Richa, nas próximas eleições de 2014, em troca, talvez, da cadeira de vice-governança ao PMDB.
Neste jogo de interesses dos políticos profissionais está também o soberano povo, que assiste a decadência do tradicional PMDB, que no Paraná está esfacelado, todo rachado e prestes a se acabar, diante da ganância e dos interesses pessoais dos seus “caciques” espalhados de Norte a Sul do Brasil, onde já se ensaia que parte do partido irá apoiar o PT da Dilma Rousseff, o PSDB de Aécio Nevese outros conchavos ainda por virem antes das convenções que nortearão os rumos das eleições de 2014.
Por isto, talvez, já faz jus a pecha (na surdina) de que no Brasil o PMDB é a prostituta do poder; quem der mais leva. No Paraná a pecha poderá ser aplicada em detrimento da ideologia e tantas lutas. Neste sentido, só mesmo Roberto Requião (juntamente com os autênticos peemedebistas) poderá conter esse conchavo prenunciado, nas próximas convenções, ainda sem data para ser realizada. Porém uma coisa é certa, muita água ainda vai passar por baixo desta ponte, seja para os politiqueiros plantonistas endossarem a iniciativa de Pessuti, ou para criticarem tal medida de autoritarismo e medida antidemocrática, ainda que uns e outros justifiquem que o partido está se organizando para a devida modernização. Mas evidente está o forte interesse interno para a condução do PMDB estadual e, por conseguinte a definição dos nomes que irão conquistar espaço para a disputa eleitoral do ano que vem. Sabe-se de antemão que os derrotados na convenção vindoura, estarão fora do próximo processo eleitoral, seja ao Palácio Iguaçu, senado ou câmara federal e Assembleia Legislativa do Estado, podendo ser o fim da carreira política para algumas “raposas do rabo felpudo” do histórico PMDB.
Contudo, alegando “ato arbitrário”, o senador Roberto Requião encaminhou esta semana, ao Diretório Nacional do PMDB, pedido de intervenção no diretório paranaense do partido.
Diante do exposto, certo é que já despontam alguns pré-candidatos ao governo do Paraná: Beto Richa-PSDB (tentará reeleição), Gleisi Hoffman-PT, o próprio Roberto Requião (se vencer a convenção, em Curitiba) Osmar Dias-PDT, com chances remotas e outros pré-candidatos menos expressivos.

Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

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